O processo terapêutico e o encontro

        Segundo Audre Lorde, o tipo de luz sob a qual examinamos nossas vidas, influencia diretamente o modo como vivemos, os resultados que obtemos e as mudanças que esperamos promover através dessas vidas.

Processos acontecem em espirais

O encontro, nas suas diversas formas, possui um poder transformador, como se o contato criasse novas luzes, que provocam diferentes sombras, outras intensidades luminosas. Para Deleuze e Guattari, a vida é um constante fluxo de encontros e conexões, onde os indivíduos se formam e se transformam em relação com o outro. Não somos entidades fechadas; somos rizomas, tecidos por múltiplas interações que criam novas possibilidades de ser. É através do encontro que rompemos com territórios estabelecidos e abrimos linhas de fuga, escapando de identidades fixas e abrindo-nos ao devir. O encontro, assim, é um campo de intensidades que nos permite novos arranjos e formas de estar no mundo. Esse potencial transformador também ecoa nos encontros de terapia, onde quem é escutado e acolhido, tem a oportunidade de revisitar e ressignificar sua própria história. O encontro não é apenas um choque de diferenças, mas um espaço de reflexão e redescoberta. Como nos dizem Deleuze e Guattari, os encontros não são simples junções, mas forças produtivas que geram movimento, em espirais, transformam subjetividades e criam novos territórios de existência. No encontro, seja com o outro ou consigo, encontramos meios de reinventar a vida, de escapar da estagnação e de recriar o sentido do nosso próprio percurso. Nesse sentido, o processo terapêutico, tal como o encontro, é um espaço de construção compartilhada e transformação de subjetividades, onde o sujeito pode reescrever a sua história e iluminar sua visão de novas perspectivas, abrindo-se para outras formas de viver e sentir. Entre em contato para saber mais e tirar dúvidas.

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